A água já é considerada o “novo petróleo”. Com a escassez que já é presente em muitos países e regiões ao redor do mundo, sua obtenção encontra novos desdobramentos em conflitos contemporâneos em que o recurso assume o papel de protagonista.
Falta da água e conflitos
Um estudo realizado na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, apontou a relação entre a escassez de água e guerra. Analisando o fenômeno El Niño, que em ciclos de três a sete anos provoca aumento na temperatura e diminuição no volume de chuvas, os pesquisadores notaram que, nos 90 países tropicais afetados pelo fenômeno climático entre 1950 e 2004, o risco de uma guerra civil dobrou, passando de 3% para 6%.
Entre as consequências diretas ocasionadas por uma crise hídrica podemos citar o aumento do custo dos alimentos, portanto, aumento da fome.a escassez e afeta diretamente todo os mercados econômicos, todos esses problemas citados funcionam como um potente combustível para conflitos e disputas pelo recurso.
“Os riscos de conflitos por falta de água estão crescendo exponencialmente nas últimas décadas devido à constante competição, à má administração dos países subdesenvolvidos e aos impactos das mudanças climáticas”, afirma Peter Gleick, especialista do Pacific Institute.
Hoje já existem casos específicos contemporâneos em que a água em determinados países assume o protagonismo em determinados conflitos como na pesquisa e debate realizado pelos The Pacific Institute, the World Resources Institute, and IHE Delft realizados no evento da World Water Week na última semana, o evento focava em discutir esse argumento da guerra e a água usando como base os recentes conflitos em países como: Irã, Iraque, Síria, Iêmen, Afeganistão, disputas urbanas agrícolas na Índia, tensões de fazendeiros / pastores na África central e ocidental (incluindo Mali e Nigéria) e desafios induzidos pela seca em África do Sul. O foco das soluções incluiu estratégias sociais e políticas, abordagens técnicas e de engenharia e ferramentas econômicas.
disputas por água
Para saber mais sobre o programa e a os institutos citados que estudam o caso basta acessar o link:
The Pacific Institute, the World Resources Institute, and IHE Delft
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