ECOTOXICIDADE
Os ensaios de ecotoxicidade são fundamentais para identificar os efeitos e influências dos agentes tóxicos poluentes sobre quaisquer constituintes do ecossistema.
Os organismos mais usados nos ensaios de ecotoxicidade são os microcrustáceos Daphnia magna, Daphina Similus, e a espécie de peixe Danio rerio e Vibrio fischeri .Quanto aos organismos utilizados para a realização dos testes de toxicidade, é interessante utilizar organismos de vários níveis tróficos e desenvolver pesquisas para se chegar no organismo mais sensível.
A amostragem e os ensaios de toxicidade deverão ser executados por laboratório credenciado utilizando-se de métodos ABNT ou, na ausência destes, de métodos normalizados internacionais, em sua última versão (ver tabela 1). Em caso de procedimento não normalizado, deverá ser apresentada a validação do método ao órgão ambiental.
NOP – INEA-008 ⇒ “Segundo Tabela 1: ORGANISMOS-TESTE RECOMENDADOS PARA CONTROLE DA ECOTOXICIDADE AGUDA EM EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS E SANITÁRIOS”
- | Organismos teste |
Efluentes com: a) Salinidade ≤ a 0,5‰ ou b) Condutividade ≤ 1066µS/cm | Peixes (Danio rerio e Pimephales promenales), Crustáceos (Daphnia spp) e Bactéria luminescente (Vibrio fischeri). |
Efluentes com: a) Salinidade > a 0,5‰ ou b) Condutividade > 1066µS/cm | Crustáceos Misideos (Mysidiopsis juniae e Mysidium gracile), Bactéria luminescente (Vibrio fischeri), Crustaceos Branchiopoda (Artemia sp). |
A combinação de substâncias químicas é muito mais tóxica para os organismos do que as mesmas substâncias aplicadas separadamente. Isto mostra a complexidade do efluente e como a combinação de compostos pode potencializar a toxicidade do efluente. Outras características de efluentes causam preocupações na alteração morfológica que ela pode causar nos peixes.
Legislações Pertinentes:
- Resolução nº 454 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
- Resolução nº 357 do CONAMA, de 17 de março de 2005 (complementada e alterada pela Resolução CONAMA nº 430/2011 )
- Portaria Normativa nº 84, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
- NOP – INEA-008 – Critérios e Padrões para Controle da Ecotoxicidade Aguda em Efluentes Líquidos, aprovada pela resolução CONEMA Nº86
- ABNT NBR 12713: 2016. Ecotoxicologia Aquática – Toxicidade aguda: método de ensaio com microcrustáceo Daphnia spp.
- ABNT NBR 15088: 2016. Ecotoxicologia Aquática – Toxicidade aguda: método de ensaio com peixes.
- ABNT NBR 15308: 2017. Ecotoxicologia Aquática – Toxicidade aguda: método de ensaio com misídeos (Crustacea).
- ABNT. NBR 15411-3: 2012. Ecotoxicologia Aquática – Determinação do efeito inibitório de
amostras aquosas sobre a emissão da bioluminescência de Vibrio fischeri (ensaio de bactéria luminescente) Parte 3: Método utilizando bactérias liofilizadas. - ABNT NBR 16456:2016. Ecotoxicologia aquática – Método de ensaio de curta duração com embriões de bivalves (Mollusca – Bivalvae).
- ABNT NBR 16530:2016. Ecotoxicologia aquática – Toxicidade aguda – Método de ensaio com Artemia sp (Crustacea, Brachiopoda)